O primeiro processo de construção de obra da rede elétrica.

1° - Pedido de ramal provisório para quadro de obra.

O que é necessário:

Ficha electrotécnica deve ser emitida por um engenheiro electrotécnico ou de um técnico certificado pela DGEG (Direcção Geral de Eletricidade e Geologia), tendo que ser entregue esse documento a EDP para aprovação do ramal de obra, por norma a essa altura  no caso de obra com projeto já deverá ter dado entrada na camara

da localidade em questão para aprovação e viabilidade da obra.

Para a execução é necessário que o técnico que vai proceder a instalação do quadro de obra (provisório) emita o termo de responsabilidade da instalação mesmo que exista projecto assinado pelo o engenheiro que projetou a rede, a não ser que o engenheiro assine o termo e certifique que a instalação foi efetuada corretamente em coerência

com as leis em vigor a data.

Materiais e processos necessários para a execução do trabalho.

(Obra nova que nunca teve um contador instalado).

1° fazer a terra do Edifício.

Piquete  terra borno de aperto mecânico (dependendo dos valores pode ser necessário

mais piquetes de terra com algum afastamento entre si de forma a encontrar melhor local de descarga).

Linha terra de secção nunca inferior a 16 mm (dependendo da instalação).

Caixa de passagem terra (I3) + bornos de ligação ( conexão entre terra subterrânea e quadro de obra)

Necessário quadro de obra certificado, deve conter:

Espaço para a colocação de caixa Portelhola P100 IP65 para seccionador (porta fusíveis), onde recebe o cabo do ramal protegido pelos fusíveis e interliga com o contador dos serviços EDP.

Caixa IP65 ou base certificada para aplicação de  contador da EDP.

Caixa com ligação de bornos para conectar a terra (ou local já pré definido no quadro de obra também com borno de aperto mecânico)

Quadro de obra IP65 (nível máximo de estanqueidade da guarnição do quadro), o

equipamento do quadro deve ser em conformidade com o necessário para uma

boa execução da obra, protegido com diferencial e alimentando circuitos para tomadas monofásicas IP65, circuitos para tomadas trifásicas IP65 se justificar, se a obra vai ter grua necessário ligação directa a proteção adequada no quadro, este quadro ainda deve conter um corte geral de botão de emergência lateral.

Nota: Por norma um quadro de obra equipado quando se compra já deverá conter todas as indicações a cima referidas, onde ser necessário apenas conectar o cabo de terra e instalar o contador da EDP (contador é instalado pelo técnico dos serviço)

No caso de uma obra de restauro onde já existiu contador instalado.

O processo será um pouco diferente, necessário confirmar se a terra existente está em conformidade com a instalação pretendida, se não existe terá que ser feita, após isso mantém-se o local do contador apenas alterasse o quadro para um quadro de obra

com o necessário para a execução obra.

Exemplo de um quadro de obra para construção de um edifício de 5 andares:

Neste caso o quadro de obra já está equipado com:

4 tomadas monofásicas

2 tomada trifásica 16A

1 botão de emergência

4 disjuntores 16A (Siemens)

2 disjuntores 3x25A (Siemens)

1 Diferencial 4x40A + Disjuntor 16A acoplado (Siemens) *Disjuntor 16A botão de emergência.

1 disjuntor 6A (Siemens) Proteção ao diferencial, apenas consegue armar o diferencial se este disjuntor estiver armado caso contrário o diferencial nunca vai arma.

1 Borno de ligação terra

Base de contador

6 módulos de reserva para futuras ampliações de circuitos caso necessário.

Neste quadro de obra acabou por ser ocupado 3 módulos por necessidade de instalação de um disjuntor 3x40 Hager para tomada trifásica 32A 5 pins para alimentação da grua.

Geralmente é possível instalar o contador da EDP na base do quadro de obra, mas em casos de contadores trifásicos a base não é a mais apropriada por causa das dimensões, nesse casos instala-se a caixa de contador certificada IP65.

A caixa portelhola destinada a receber o cabo do ramal para a protecção dos fusíveis foi um P100 IP65.